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IPCA eleva cacife do BC na briga pelo juro

“ A Simplicidade é o último degrau da sabedoria “

Gibran

Expectativa de IPCA para 2008 sobe 0,16 ponto

A Pesquisa Focus  de até 11 de abril revelou numerosos ajustes nas expectativas do mercado,sendo alguns deles bastante significativos. O IPCA de 2008 sofreu acréscimo de 0,16 p.p.,para 4,66%, enquanto que o de 2009 apresentou acréscimo de 0,10 p.p., para 4,40%. O déficit em conta corrente de 2008 foi ajustado de US$ 12,1 bilhões para US$ 16 bilhões e o de 2009 de US$ 13,92 para US$ 20 bilhões. Para o ano de 2008 foram ainda ajustados para cima a taxa Selic de fim de ano, de 12,50% para 12,75%. O crescimento do PIB, de 4,6% para 4,7%, e produção industrial, de 5,29% para 5,40%. O investimento estrangeiro direto de 2009 foi ajustado de US$ 26,71 bilhões para US$27 bilhões. Já a dívida líquida do setor público sofreu ajuste negativo para ambos os anos: de 41,55% do PIB para 41,50% em 2008 e de 40% para 39,9% em 2009. Mantiveram-se constantes as expectativas de câmbio de fim de período de 2008,em R$/US$ 1,75, e de 2009, em R$/US$ 1,85, taxa Selic de fim de 2009, em 11,25%,crescimento da produção industrial em 2009 em 4,5% e investimento estrangeiro direto de2008 em US$ 30 bilhões.

Destaque semanais: juros no Brasil, Livro Bege nos EUA e PIB Chinês

O destaque desta semana para a economia brasileira será o anúncio da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira,  para a qual o mercado tem uma expectativa de alta, após o resultado do IPCA de março, bastante acima da mediana das projeções. Na terça-feira, dia do início da reunião do Comitê, teremos também publicação da Pesquisa Mensal de Comércio pelo IBGE, ao passo que na quinta-feira teremos a divulgação do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com foco em inflação, a semana terá três divulgações:

IPC-S (FGV), na terça-feira, e IPC-FIPE e IGP-10 (FGV) na sexta-feira. Outros eventos importantes, mas sem data definida, serão as divulgações dos relatório de Emprego Formal do CAGED e de Arrecadação de Impostos e Contribuições Federais pela Receita Federal, ambos referentes ao mês de março.

No mercado internacional, o indicador mais importante para os mercados, que apontam para abertura negativa hoje, será o índice de vendas no varejo de março nos EUA. No mercado doméstico, por sua vez, o relatório Focus deverá fazer preço, especialmente na curva de juros, pelo aumento da mediana das projeções para o IPCA de 2008. O aumento do déficit em conta corrente esperado para este ano também poderá fazer pressão no mercado de câmbio.

 A reunião do COPOM, amanhã e quarta-feira, é o grande acontecimento da semana. E ainda dá muito jogo no DI... O mercado já está bastante posicionado, mas deve arriscar suas últimas fichas nesses três dias que faltam. Na  BM&F, ao contrário da ampla maioria dos economistas, que esperam uma alta de 25 pontos-base (41 de 50), os contratos futuros expressam chances praticamente iguais de aumento de 25 pontos e 50 pontos da SELIC. É aí que as coisas vão acontecer, inclusive com apostas no improvável ZERO.

Nos EUA, depois de o resultado negativo da GE ter dado um choque nas bolsas, na sexta-feira, cresceu ainda mais o suspense com o que poderá trazer a temporada de BALANÇOS (e, sobretudo, de informes) nesta semana.

 O maior foco de risco, como não poderia deixar de ser, está concentrado no setor financeiro, que traz os grandes: BEAR STEARNS hoje, WASHINGTON MUTUAL amanhã (terça-feira), WELLS FARGO e JPMORGAN na quarta, além de MERRIL LYNCH na quinta-feira e CITIGROUP na sexta. Também entre os destaques estão IBM (na quarta-feira), GOOGLE (na quinta-feira) e CATERPILLAR e HONEYWELL INTERNATIONAL, ambas na sexta-feira.

 

Paulo J H Dias

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Fontes: Link Investimentos