Substituição do viaduto da Petrobras gerou congestionamento de 5 quilômetros.

Canoas - Com a colocação do último dos quatro módulos metálicos no vão do viaduto da Petrobras, às 7h30 de ontem, no quilômetro 259,3, no limite entre Canoas e Esteio, o engenheiro da empresa M. Martins, Whelter Marques, pôde dar boas notícias para quem utiliza a BR-116. "Estará tudo pronto para pista ser liberada às 6 horas de segunda-feira." A megaoperação de substituição da estrutura ocorreu em pouco mais de dois dias. A recomendação é que os veículos trafeguem devagar durante a compactação do asfalto. Já o trânsito embaixo do viaduto será liberado na quarta-feira, devido à manutenção do local.

Para o inspetor chefe da 1.ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Alfonso Willembring Júnior, o bloqueio da rodovia nos dois sentidos não causou transtornos significativos. O pico da lentidão ocorreu ontem à noite, quando houve cinco quilômetros de congestionamento. "A operação foi bem sucedida e o cronograma foi cumprido." Para ele, o único momento em que foi detectado movimento intenso foi por volta das 19 horas de domingo, devido ao retorno da Serra.

Domingo para fazer os acabamentos

Prevista para iniciar às 19 horas de sábado, a operação de encaixe do primeiro módulo só ocorreu às 2h30 de ontem. "Se não fosse a chuva, poderíamos ter entregue antes", comentou Marques. Ontem, equipes se revezavam para instalação da proteção lateral, chamada guarda-rodas, e de acabamentos nas juntas de dilatação entre as plataformas e a pista. À tarde, o guindaste começou a ser desmontado e duas escavadeiras faziam a remoção do material demolido.

A engenheira da empresa AEB, Priscila Barichello, destaca um detalhe do projeto: a altura de um metro das plataformas. "Normalmente seria o dobro de altura. Reduzimos para que a passagem de veículos por baixo tenha uma folga maior." Priscila também comentou que a viga ortotrópica (com capacidade para suportar grandes cargas e fluxo de veículos), oferece proteção contra corrosão, sem necessidade de tratamento posterior.

O diário da obra

Quarta-feira - Começa a megaoperação para a substituição do viaduto da Petrobras, no quilômetro 259,3, entre Canoas e Esteio. O acesso por baixo do viaduto da Petrobras, nos dois sentidos, é interditado para a retirada do canteiro central. A ação permitiu o nivelamento do piso onde foi colocado o guindaste responsável por erguer os quatro módulos da nova plataforma

Quinta-feira - O guindaste Liebherr chega ao local da obra em Canoas. Funcionários da empresa 3Z iniciaram a montagem do equipamento. Também na quinta-feira, foram derrubados aproximadamente 16 metros do muro da empresa AEB, na Rua André da Rocha, onde estavam armazenados os módulos metálicos

Sexta-feira - Concluída a montagem do guindaste. A Rua André da Rocha, no Centro, foi interditada para o deslocamento das carretas. As peças ocuparam praticamente toda a extensão da quadra. Das 22 horas de sexta-feira às 6 horas de segunda-feira, a BR-116 permaneceu bloqueada do trecho em frente ao Parque de Exposições Assis Brasil até próximo ao Viaduto da Boqueirão

Sábado - Mesmo com a chuva o trabalho de demolição da antiga estrutura continuou. No início da tarde, uma das escavadeiras quebrou e precisou ser substituída. A instalação do primeiro módulo, que estava prevista para ocorrer às 19 horas, foi feita na madrugada de domingo. No sábado, o tempo de espera dos motoristas ficou entre 20 e 35 minutos no trecho entre Esteio e Canoas

Domingo - A instalação do primeiro dos quatro módulos foi concluída por volta das 2h30 de domingo. O encaixe da última plataforma ocorreu às 7h30. Durante o dia, equipes trabalharam na colocação de guarda-rodas nas laterais das pistas, no desmonte do guindaste e na remoção do material demolido. A liberação do trânsito na BR-116 estava mantida para as 6 horas de segunda-feira

Fonte: Jornal NH - Marcos Merker/ Da Redação