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Na Bolsa, mesmo rotinas perturbadoras permitem conformismo.

“ Quem pensa pouco erra muito “

Leonardo da Vinci

  

Quem vem acompanhando o mercado durante os últimos meses já compreendeu que a volatilidade impera; não é tão difícil perceber. Mas mesmo com essa impressão arraigada, os últimos pregões assustaram. O Ibovespa caiu 3,19% na segunda, subiu 3,20% na terça, despencou 5,01% na quarta e fechou com leve alta na quinta, depois de ter estado a perder mais de 1 %.

Obviamente, no caso brasileiro não é um problema das nossas empresas; é um problema dos investidores estrangeiros. Pelo capital externo e suas preferências mutantes, o que merecia compra antes, agora é venda.

Como o índice da bolsa brasileira é extremamente influenciado pelo comportamento das empresas atuantes nos diversos mercados de commodities  ( o Ibovespa é muito concentrado em Petro e Vale, quase um terço do índice ), a queda dos preços do petróleo e dos metais trouxe má influência à renda variável doméstica. As blue chips estão à mercê das commodities, e a bolsa local está à mercê das blue chips

 

Nos EUA não é melhor

Nos EUA a lógica é outra, nem por isso melhor. Vide o cuidado especial com a agenda semanal de indicadores econômicos. Esta semana teremos a divulgação da confiança do consumidor, um dos dados mais importantes para enxergarmos o que vem à frente.
 
Já olhar para trás é analisar os números finais do Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2007.  Segundo as expectativas do mercado esse PIB deve vir em linha com as últimas publicações (+0,6%); porém, se surpreender, é pra pior.

Por último, cabe uma menção ao núcleo do PCE, medida de preços acompanhada pelo Fed. A inflação ainda preocupa, mas os americanos  vão ter que conviver com isso, sobretudo diante da desvalorização do dólar.

 

Os preços no Brasil

Já a agenda brasileira tem como primeiro plano a inflação. O grande debate por aqui é se o Copom vai ou não vai subir o juro,  Nesse sentido, vale acompanhar o IPCA-15 na quarta-feira e o IGP-M de março, na sexta .

 

Questão de costume

Ainda são peculiares altas ou baixas de 3%, 4% ou 5%, como as ocorridas durante as sessões da semana passada. Porém, elas estão perdendo o título de "inesperadas", graças ao cotidiano de sustos imposto pelo subprime. Esta semana tende a seguir a mesma toada da semana passada.

Preocupante?  Mesmo rotinas perturbadoras permitem conformismo.

 

Paulo J H Dias - IDEAL INVESTIMENTOS

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